A dúvida se é melhor fazer consórcio ou guardar dinheiro é bastante comum já que ambas as opções têm pontos positivos e negativos que impactam diretamente no planejamento financeiro. Enquanto o consórcio oferece uma forma organizada de aquisição de bens e pode estimular a disciplina ao investir, guardar dinheiro dá maior liberdade e flexibilidade no uso dos recursos. Neste conteúdo, vamos comparar as duas alternativas, mostrando vantagens, desvantagens e para quais perfis cada escolha pode ser mais adequada.
Pontos principais:
O que é consórcio: é uma forma de compra planejada, administrada por empresas autorizadas pelo Banco Central, na qual pessoas se organizam em grupos e pagam parcelas mensais para serem contempladas com uma carta de crédito.
Qual é o tempo médio para um consórcio ser contemplado: não há tempo fixo para contemplação, que depende de sorteio ou lance.
Vantagens do consórcio: oferece economia sem juros, disciplina financeira, flexibilidade de compra e planejamento para alcançar grandes objetivos.
Desvantagens do consórcio: incerteza do prazo de contemplação, já que depende de sorteio ou lances e não oferece liquidez imediata.
Consórcio ou poupança, qual vale mais a pena: o consórcio é ideal para quem busca planejamento e disciplina na compra de um bem, enquanto a poupança se destaca pela liquidez, mas com baixo rendimento.
Por que optar pelo consórcio: alternativa para quem tem metas claras e busca disciplina.
Por que optar por guardar dinheiro: para quem prioriza liquidez, mas com rendimento menor.
O que consórcio?
O consórcio é uma modalidade de compra planejada em que pessoas se unem em grupos, contribuem com parcelas mensais e participam de assembleias com a expectativa de serem contempladas para receber uma carta de crédito. Essa modalidade é administrada por empresas autorizadas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil.
Principais elementos do consórcio:
Grupo: formado por pessoas com o mesmo objetivo (adquirir um bem ou serviço).
Parcelas: cada integrante paga mensalmente um valor que compõe um fundo coletivo destinado às contemplações.
Assembleias e contemplação: em reuniões mensais, os consorciados adimplentes participam de sorteios ou oferecem lances para antecipar a contemplação.
Carta de crédito: após a contemplação, o consorciado recebe o valor contratado em forma de crédito para realizar a compra desejada, mas continua pagando as parcelas até o fim do plano.
[H3] Qual é o tempo médio para um consórcio ser contemplado?
Não existe um tempo médio fixo para ser contemplado em um consórcio, já que a contemplação depende de dois fatores principais: sorteio ou lance. Isso significa que ela pode acontecer logo no início ou apenas no fim do prazo do grupo, que corresponde à duração do consórcio. No entanto, algumas estratégias podem aumentar as chances de contemplação:
Participar com lances: oferecer uma das modalidades de lances pode ajudar a acelerar a contemplação.
Adquirir mais de uma cota: aumenta as oportunidades de ser sorteado.
Escolher grupos menores ou mais antigos: há menos concorrência, o que favorece as chances.
[H2] É melhor fazer consórcio ou guardar dinheiro?
A escolha entre fazer um consórcio ou simplesmente guardar dinheiro depende do perfil financeiro e dos objetivos de cada pessoa. O consórcio costuma ser indicado para quem tem metas claras e busca disciplina financeira, enquanto guardar dinheiro pode ser mais adequado para quem valoriza liquidez, mesmo que isso signifique menor rendimento. Confira as vantagens e desvantagens de cada opção:
Consórcio
Vantagens:
Compra com economia: não exige entrada e não cobra juros, apenas taxa de administração diluída nas parcelas.
Disciplina financeira: o pagamento mensal ajuda a manter o controle do orçamento.
Flexibilidade de compra: a carta de crédito pode ser usada para imóveis, veículos ou serviços, com poder de compra à vista.
Facilidade para grandes objetivos: permite planejar a aquisição de bens de alto valor, com possibilidade de antecipar a contemplação por lances.
Desvantagens:
Prazo incerto: a contemplação depende de sorteio ou lances, podendo demorar até o fim do grupo.
Risco de inadimplência: atrasos de participantes podem afetar o andamento do grupo.
Baixa liquidez: os recursos só podem ser usados após a contemplação.
Guardar dinheiro
Vantagens:
Liquidez: o dinheiro fica sempre disponível para saque.
Flexibilidade: mais liberdade para utilizar os recursos em qualquer momento e onde quiser ou necessitar.
Desvantagens:
Exige disciplina: é preciso resistir controlar os gastos.
Baixo rendimento: opções simples, como poupança, não oferecem grande retorno e o bem desejado pode encarecer mais do que o rendimento do valor guardado.
Descapitalização: ao usar todo o valor acumulado, pode faltar reserva para imprevistos.
Demora para grandes metas: pode levar muito tempo até juntar o valor de bens de alto custo.
Vantagens e desvantagens do consórcio
O consórcio, como qualquer outro investimento, possui pontos positivos, como não ter cobrança de juros e nem de entrada, mas também tem os seus desafios, como a incerteza do prazo de contemplação. Veja a lista completa com as vantagens e desvantagens do consórcio:
Vantagens do consórcio:
Sem cobrança de juros e entrada: o consórcio não cobra entrada e nem juros, isso gera parcelas mais baixas e um custo menor em relação ao financiamento, por exemplo.
Disciplina financeira: o consórcio obriga o participante a economizar e se planejar financeiramente para atingir seu objetivo.
Flexibilidade: oferece a possibilidade de antecipar parcelas ou oferecer lances para ser contemplado mais rapidamente.
Poder de compra à vista: a carta de crédito possibilita a compra do bem ou serviço à vista.
Desvantagens do consórcio
Data incerta da contemplação: a data da contemplação não pode ser fixada, pois depende de sorteio ou lances, o que impede a aquisição imediata para aqueles que têm urgência na compra do bem ou serviço.
Taxa administrativa: mesmo sem a cobrança de juros, é preciso pagar a taxa de administração.
Risco de inadimplência: a inadimplência de outros participantes pode atrasar a contemplação, ou resultar na necessidade de taxas extras, que aumentam o custo do investimento.
Necessidade de disciplina: o consórcio requer a necessidade de disciplina para o pagamento das parcelas e manter-se sem grandes problemas financeiros para o recebimento da carta de crédito, após a contemplação.
Consórcio como parte do planejamento financeiro
O consórcio pode ser usado para organizar metas de longo prazo, funcionando como uma forma de poupança “forçada” para quem deseja melhorar a sua educação financeira e adquirir bens e serviços de forma disciplinada. Ele organiza gastos, evita dívidas de alto custo e promove o acúmulo de patrimônio de forma estratégica, sem cobrança de juros ou entrada.
Metas possíveis com o consórcio:
Compra de imóveis: através do consórcio imobiliário é possível comprar uma casa ou apartamento sem juros e sem entrada, com prazo e parcelas de acordo com seu orçamento.
Aquisição de veículos: pelo consórcio de automóveis é possível adquirir um carro novo ou usado, sem juros e sem entrada.
Financiar estudos: pelo consórcio de serviços você paga por um intercâmbio ou curso de pós-graduação para alavancar a sua profissão ou educação formal.
Qual é o melhor investimento para quem tem pouco dinheiro?
Não existe uma resposta única para essa pergunta, já que tudo depende do perfil e das necessidades de cada pessoa. No entanto, o consórcio pode ser uma alternativa bastante interessante porque funciona como uma espécie de poupança forçada: as parcelas são menores, cabem no orçamento e permitem um planejamento de longo prazo para alcançar objetivos.
Além disso, não exige um grande valor inicial, o que torna acessível a conquista de bens ou serviços. Por exemplo, é possível participar de um consórcio de serviços para financiar um curso profissionalizante ou até mesmo optar por um consórcio de automóveis para adquirir um carro de menor valor.
Dicas de como investir em consórcio
Para aproveitar ao máximo os benefícios do consórcio, é importante ter atenção a alguns pontos antes de entrar em um grupo. Confira as principais dicas:
Pesquise administradoras autorizadas pelo Banco Central: garanta segurança escolhendo apenas empresas reguladas e fiscalizadas.
Planeje seu orçamento: avalie sua capacidade de pagamento e certifique-se de que a parcela cabe no bolso sem comprometer demais as finanças.
Entenda as regras de contemplação: saiba como funcionam os sorteios e lances para ter clareza sobre quando poderá receber a carta de crédito.
Avalie as taxas de administração: compare os custos cobrados pelas administradoras, já que podem variar bastante.
Escolha o grupo conforme seu objetivo: defina se deseja adquirir um imóvel, veículo ou serviço, e selecione o plano mais adequado ao seu projeto.
Consórcio ou poupança: Qual vale mais a pena?
A resposta depende dos objetivos de quem investe. O consórcio é indicado para quem deseja planejar a compra de um bem, precisa de disciplina para poupar e pode aguardar a contemplação. Já a poupança é mais recomendada para quem precisa de uma reserva de emergência ou quer ter dinheiro disponível a qualquer momento.
Apesar das propostas diferentes, o consórcio permite conquistar um bem de maneira planejada e ainda pode gerar ganhos extras, enquanto a poupança se destaca pela liquidez, mas com baixo rendimento. Veja o comparativo:
Consórcio
Compra planejada: incentiva a organização financeira, já que o participante define o valor da cota, o prazo do plano e programa o pagamento das parcelas.
Disciplina: exige gerenciamento do orçamento de forma contínua, ajudando a manter o foco na meta futura.
Possibilidade de valorização: reajuste do valor da carta de crédito para preservar o poder de compra; descontos ao pagar à vista; venda da carta contemplada com ágio, ou até renda passiva, como aluguel de um imóvel adquirido.
Poupança
Reserva de emergência: ideal para manter recursos disponíveis em caso de imprevistos.
Liquidez imediata: permite saques a qualquer momento, sem burocracia.
Baixa rentabilidade: tem rendimento limitado e, em alguns casos, inferior à inflação, o que reduz o poder de compra ao longo do tempo.
Quanto rende um consórcio contemplado?
O consórcio contemplado não rende como um investimento financeiro tradicional, mas pode trazer vantagens econômicas importantes. Ao receber a carta de crédito, o consorciado tem poder de compra à vista, o que permite negociar descontos significativos na aquisição do bem. Além disso, o bem adquirido pode gerar renda extra, como no caso do aluguel de um imóvel ou de um veículo.
Outra possibilidade é a venda da carta contemplada, que pode ser comercializada com ágio, representando a principal forma de rentabilidade ao gerar até 30% de lucro sobre o valor já pago pelo participante.
Comparação entre consórcio e guardar dinheiro para investir
O que devo saber antes de fazer um consórcio?
Antes de fazer um consórcio, é importante analisar cuidadosamente as condições do contrato e avaliar se ele realmente se encaixa no seu planejamento financeiro. Isso envolve desde a escolha da administradora até a simulação das parcelas, para ter certeza de que o compromisso caberá no seu orçamento.
Confira os principais pontos que merecem atenção:
Administradora: pesquise se a administradora é autorizada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil (BCB).
Leitura do contrato: procure ler com atenção todas as cláusulas do contrato, principalmente as que falam sobre os prazos, valores das parcelas, formas de reajuste, multas e inadimplência, regras para lances e os tipos de contemplação (sorteio e lance).
O valor da parcela: verifique os diferentes valores das parcelas, dentro de cada prazo, para entender como ela vai influenciar diretamente no seu orçamento.
Grupos: preste atenção ao prazo dos grupos, que interferem diretamente no valor das parcelas. Grupos com prazos mais curtos implicam em parcelas maiores e uma espera menor para a contemplação, enquanto grupos com prazos mais longos, implicam em parcelas menores, mas estende o tempo para a compra do bem ou serviço.
Formas de contemplação: procure entender o funcionamento dos sorteios e das ofertas de lances para antecipar a contemplação da carta de crédito.
Orçamento: faça um planejamento financeiro pessoal antes de assumir o contrato, garantindo que você conseguirá arcar com as parcelas mensais e evitar a inadimplência.
Como investir em consórcio?
Para começar a investir em consórcio são necessários alguns passos principais:
Definir um objetivo: defina o bem ou serviço desejado imóvel, carro, serviço, etc e planeje-o com uma estratégia de investimento.
Escolher uma administradora autorizada: certifique-se de que a administradora é autorizada pelo Banco Central do Brasil e pesquise sua reputação.
Avalie plano e prazos: analise todas as opções de planos, prazos, taxas de administração para optar pelo que se encaixa no seu planejamento a longo prazo.
Pagar as parcelas: pague as parcelas do consórcio até o vencimento para poder participar das assembleias e da contemplação.
Acompanhar as assembleias e contemplação: acompanhe todas as assembleias, pois é nelas que as contemplações acontecem por sorteio ou lance mais alto.
Use a carta de crédito de forma estratégica: após a contemplação, você receberá o crédito à vista que pode ser utilizado para a compra de um bem ou rendimento imediato com a venda do ágio.
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Formado em Marketing e Propagando pela ESPM, Bruno Borges ingressou no mercado de tecnologia como BPO em uma hub de soluções digitais, responsável por liderar a equipe de Operações LATAM e Estados Unidos. Posteriormente, desbravou o mercado de finanças como especialista de marketing digital do segmento de educação financeira e, desde então, atua no setor de tecnologia, voltado para a de aceleração de negócios por meio de estratégias de Growth. Sendo o mercado financeiro de investimentos, rentabilidade e consórcios sua especialidade, se uniu ao Mycon como Chief Marketing Officer (CMO), em 2022.