Voltar

Qual a diferença entre rendimento e lucratividade?

Bruno Borges
17/12/25

Entender a diferença entre rendimento e lucratividade é fundamental para analisar investimentos e avaliar resultados financeiros com precisão. Embora ambos sejam usados para medir desempenho, cada indicador revela perspectivas distintas sobre a eficiência do capital aplicado, podendo alterar completamente a interpretação dos resultados. 

Neste texto, você vai descobrir o que cada um representa, como são calculados e em quais cenários fazem mais sentido. Compreender essa distinção é essencial tanto para investidores que comparam oportunidades quanto para gestores que precisam tomar decisões estratégicas para o negócio.

Pontos principais:

  • O que é rendimento: retorno obtido sobre um investimento, sem considerar custos ou despesas operacionais.
  • Como calcular o rendimento de um investimento: medindo a variação percentual entre o valor aplicado e o ganho obtido, usando a fórmula: Rendimento (%) = (Ganho / Valor Investido) × 100.
  • O que é lucratividade: quanto do faturamento de um investimento se transforma em lucro, após a dedução de custos e despesas. 
  • Como calcular a lucratividade de um investimento: medindo quanto do faturamento vira lucro após custos, usando a fórmula: Lucratividade (%) = (lucro líquido/receita) x 100.
  • Principais diferenças entre rendimento e lucratividade: rendimento mostra quanto o capital investido cresceu, enquanto a lucratividade revela quanto da receita vira lucro após custos. 
  • Quando cada indicador é mais útil: rendimento é mais útil para avaliar o desempenho de investimentos, enquanto a lucratividade serve para analisar operações e produtos. 
  • Como aplicar rendimento e lucratividade no seu planejamento financeiro: combinar rendimento e lucratividade no planejamento financeiro permite medir o crescimento do capital, avaliar custos com precisão e tomar decisões baseadas em ganhos reais, ajudando a definir metas de longo prazo e otimizar resultados.

O que é rendimento?

O rendimento é o retorno obtido sobre um investimento, indicando quanto o capital aplicado cresceu em um determinado período. Ele reflete o ganho total gerado pelo valor investido, sem levar em conta custos, taxas ou despesas operacionais, ou seja, mostra apenas o aumento bruto do investimento.

Exemplos comuns de rendimento:

  • Aplicações financeiras.
  • Consórcios.
  • Imóveis.
  • Fundos de investimento.

Como calcular o rendimento de um investimento? 

Calcular o rendimento de um investimento é simples: basta analisar a variação percentual entre o valor inicialmente aplicado e o ganho obtido ao final do período. Esse cálculo permite comparar investimentos de curto e longo prazo, mostrando quanto o capital cresceu, lembrando que ele revela apenas o crescimento bruto, sem indicar o lucro líquido, pois não considera custos, taxas ou impostos.

Rendimento (%) = (Ganho / Valor Investido) × 100

Exemplo prático: 

Se você investiu R$5.000 e resgatou R$5.800, o ganho de R$800 resulta em Rendimento (%) = (800 / 5000) × 100 = 16%, indicando apenas o crescimento bruto do capital.

O que é lucratividade?

A lucratividade indica quanto do faturamento de um negócio ou investimento realmente se transforma em lucro após descontar todos os custos e despesas. Diferente do retorno bruto, ela mede a eficiência do resultado financeiro, revelando se a operação gera ganho real e sustentável.

Elementos considerados no cálculo da lucratividade:

  • Receita total.
  • Custos fixos.
  • Custos variáveis.
  • Despesas operacionais.

Como calcular a lucratividade de um investimento? 

A lucratividade mede o percentual de lucro que um negócio ou investimento gera em relação à sua receita total, sendo amplamente utilizada na análise financeira de empresas. Esse indicador mostra o quanto a operação é realmente rentável e eficiente após considerar custos e despesas, possibilitando avaliar a saúde financeira e comparar o desempenho entre períodos, produtos ou áreas do negócio.

Lucratividade (%) = (Lucro Líquido / Receita Total) × 100

Esse cálculo ajuda a identificar quanto da receita efetivamente se transforma em lucro, contribuindo para decisões estratégicas e para entender se a operação está funcionando de forma sustentável.

Exemplo prático:

Imagine que você tenha comprado produtos para revenda investindo R$3.000.

Depois de vender tudo, sua receita total foi de R$5.000.

Seus custos (compra + despesas operacionais) somaram R$3.200.

  1. Calcule o lucro líquido:

Lucro líquido = Receita total – Custos

Lucro líquido = R$5.000 – R$3.200 = R$1.800

  1. Aplique na fórmula:

Lucratividade (%) = (Lucro líquido / Receita total) × 100

Lucratividade (%) = (1.800 / 5.000) × 100

Lucratividade (%) = 0,36 × 100 = 36%

Ou seja, de tudo o que você faturou, 36% virou lucro real após descontar todos os custos.

Investimentos e produtos financeiros seguem normas definidas pelo Banco Central do Brasil (BCB) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que asseguram condutas adequadas no mercado, reforçando a importância de avaliar rendimento e lucratividade com base em informações confiáveis e reguladas.

Pessoa analisando dados financeiros em tablet para entender rendimento, lucro e desempenho de investimentos.
Análise de rendimento e lucratividade em investimentos

Principais diferenças entre rendimento e lucratividade

Rendimento e lucratividade são indicadores relacionados ao desempenho financeiro, mas analisam perspectivas diferentes: enquanto o rendimento mostra quanto o capital investido cresceu ao longo do tempo, a lucratividade revela quanto da receita realmente se transforma em lucro após descontar custos e despesas. Juntos, eles oferecem uma visão mais completa da eficiência financeira.

Rendimento: mede o retorno do capital investido:

  • Foco no crescimento do investimento.
  • Considera o valor aplicado e o ganho obtido.
  • Não inclui custos, taxas ou despesas.

Lucratividade: mede o ganho em relação à receita:

  • Considera lucros após dedução de custos, despesas e impostos.
  • Mostra quanto da receita vira lucro real.
  • Avalia a eficiência financeira do negócio ou operação.

Por isso, um investimento pode ter bom rendimento, mas baixa lucratividade se os custos forem altos, reforçando a importância de analisar os indicadores em conjunto.

Quando cada indicador é mais útil?

Escolher entre analisar rendimento ou lucratividade depende do tipo de avaliação que se deseja fazer. Se o objetivo for medir o desempenho de investimentos financeiros, o rendimento será o indicador mais útil, pois mostrará quanto o capital aplicado cresceu ao longo do tempo. Já para verificar se uma operação, produto ou atividade realmente gera lucro, a lucratividade será a medida mais adequada, porque revelará o lucro real após a dedução de custos e despesas. 

Na prática, cada indicador responde a perguntas diferentes, mas ambos se complementam ao oferecer uma visão mais ampla e precisa da análise financeira.

Exemplos práticos de quando usar cada indicador

Rendimento:

  • Comparar o ganho de um consórcio ou de um CDB: você investe R$10.000 em um CDB e quer saber quanto esse valor rendeu no ano; ou deseja comparar se um consórcio valorizou mais do que uma aplicação financeira.
  • Avaliar a performance de fundos de investimento: verificar qual fundo rendeu mais no mesmo período.
  • Comparar o retorno de investimentos imobiliários: analisar quanto um imóvel se valorizou em 12 meses.
  • Entender o crescimento de uma carteira de ações: observar a variação percentual entre o valor investido e o valor atual da carteira.

Lucratividade:

  • Avaliar o retorno de um empreendimento: entender quanto da receita de um negócio realmente virou lucro após pagar fornecedores, impostos, aluguel e despesas.
  • Analisar a lucratividade de uma venda específica: se você vende um produto por R$200, mas seus custos totais somam R$150, a lucratividade mostra quanto desse faturamento foi lucro.
  • Comparar linhas de produtos: descobrir qual produto tem maior margem, mesmo que venda menos.
  • Analisar serviços: um profissional autônomo pode calcular a lucratividade para saber qual serviço compensa mais, depois de descontar materiais, deslocamento e impostos.
  • Avaliar projetos: entender se um projeto interno da empresa realmente gerou lucro ou apenas receita.

Como aplicar rendimento e lucratividade no seu planejamento financeiro? 

Aplicar rendimento e lucratividade no seu planejamento financeiro é essencial para tomar decisões mais completas e eficientes. Enquanto o rendimento mostra o quanto o seu capital cresce ao longo do tempo, a lucratividade revela se esse crescimento realmente compensa após considerar custos e despesas. No planejamento, acompanhar ambos contribui para escolhas mais inteligentes, ajuda a identificar boas oportunidades e reduz riscos desnecessários, além de apoiar a definição de metas de longo prazo e a otimização dos resultados.

Boas práticas:

  • Acompanhar o rendimento para medir o crescimento do capital ao longo do tempo.
  • Utilizar a lucratividade para avaliar custos, despesas e a eficiência real do retorno.
  • Tomar decisões com base nos percentuais reais de ganho, e não apenas no valor bruto recebido.

Descubra como o consórcio pode ser uma opção de investimento com alta rentabilidade!

O consórcio é uma excelente alternativa para quem busca um investimento seguro, planejado e sem juros, permitindo transformar parcelas em patrimônio e aproveitar a valorização ao longo do tempo. 

No Mycon, essa opção ganha ainda mais força ao oferecer organização financeira, transparência e potencial de alta rentabilidade. Quer ver na prática como isso impacta seu futuro? Acesse a calculadora de rentabilidade do Mycon, compare resultados, simule ganhos e descubra como o consórcio pode impulsionar seu planejamento financeiro.

Tags:
ESCRITO POR
Bruno Borges
Meus pots
Formado em Marketing e Propagando pela ESPM, Bruno Borges ingressou no mercado de tecnologia como BPO em uma hub de soluções digitais, responsável por liderar a equipe de Operações LATAM e Estados Unidos. Posteriormente, desbravou o mercado de finanças como especialista de marketing digital do segmento de educação financeira e, desde então, atua no setor de tecnologia, voltado para a de aceleração de negócios por meio de estratégias de Growth. Sendo o mercado financeiro de investimentos, rentabilidade e consórcios sua especialidade, se uniu ao Mycon como Chief Marketing Officer (CMO), em 2022.